Como lidar com a ansiedade nos tempos de quarentena



Renata Toscano

Por: Meyri Gomes


Temos que admitir que estamos com os níveis de estresse bem elevados neste período de isolamento social no país, devido aos avanços do Covid-19.  E esse desequilíbrio emocional faz aflorar em nós, simples mortais, sentimentos como: angustia, medo e solidão que são gatilhos de patologias graves tais como: a depressão, a síndrome do pânico e os transtornos psicológicos em geral.


Segundo a psicóloga Renata Toscano, os gatilhos dos transtornos psicológicos ficam mais fácies de serem acionados, principalmente, na população com predisposição.

“Quando falamos de transtornos psicológicos precisamos perceber que existem pessoas que já os apresentam, a exemplo das síndromes do pânico, TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), e a depressão. Nesses casos, essas pessoas precisam continuar fazendo o acompanhamento psiquiátrico e psicológico. Porém, existem outras que não tem o transtorno, mas são pessoas ansiosas, isso não significa que elas desenvolveram um transtorno, pois é preciso uma avaliação clínica para verificar se a pessoa tem traços psicológicos para a patologia. Contudo, quem tem predisposição pode desenvolver doenças que não tinham como a hipertensão arterial, tensão, estresse, medo, cobrança, e tudo isso mais a atual conjuntura, poderão ser gatilhos de um possível transtorno”, explicou.

Renata também ressaltou que a ansiedade não atinge apenas os adultos, as crianças podem também desenvolver. Porém, ela acredita que se os responsáveis pelos pequenos souberem administrar a situação de forma saudável, o momento de crise pode até se transformar no processo benéfico para o desenvolvimento psicológico deles.

“Falar a verdade e orienta-las é fundamental. Devemos conversar sobre tudo que está acontecendo, tendo algumas ressalvas, não é interessante uma fala no sentido de assusta-las, mostrando os índices de mortalidade e avanços da doença, por exemplo. Mas elas precisam compreender o que é a doença, como é transmitida, porque devemos evitar o contato com as outras pessoas e os motivos do isolamento social, tudo isso tem que ser explicado, esse é o papel dos pais. Uma dica, use atividades lúdicas nesse processo, pois essas orientações ajudarão as crianças a não ficarem alienadas e a enfrentar a situação de forma real evitando futuros traumas. Eu acredito, que tudo isso, não vai traumatizar as crianças, claro se elas estiverem em um ambiente saudável, pois essa situação permitirá a elas a desenvolverem um grau maior de maturidade mais elevado e precoce, como também a resiliência que será importante na fase adulta”, destacou.  

Sobre ações que podem ajudar a aliviar o estresse e a ansiedade, neste período de quarentena, a psicóloga Renata Toscano dar dicas.

 “Existem várias ações que podemos realizar para diminuir esse estágio de ansiedade, entre elas pontuo: a criação de um diário, esse exercício ajudará a colocar no papel os sentimentos da pessoa, e assim amenizar a situação. Outra atividade são os exércitos de respiração, um que indico é a respiração pelo diafragma, há muitos vídeos que ensinam a fazer. Uma outra atitude que pode ser adotada é o exercício, caso não tenha espaço tem muitos vídeos na internet de dança, além de exercitar a dança libera o hormônio do prazer, e por último, evite o excesso de notícias, há muitas notícias falsas compartilhada nas redes sociais, se tem que se informar escolha um horário e o restante faça coisas que lhe dê prazer”, concluiu.

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