Fisioterapia intensiva e os benefícios aos pacientes de UTI


 



Por: Célia Rangel 

Você sabe como se dá a assistência da Fisioterapia ao paciente internado em Unidade de Terapia Intensiva? E como as intervenções do fisioterapeuta contribuem para o processo de recuperação do paciente? O Oh, Que saúde! traz as respostas tendo como referência a experiência de um profissional da área, que traça um panorama do trabalho realizado nesse ambiente. Vamos lá!

“A acelerada evolução da ciência e da tecnologia que está à disposição do paciente internado em Unidade de Terapia Intensiva, incontestavelmente, exige do profissional de Fisioterapia capacitação à altura dessas conquistas. Neste sentido, o fisioterapeuta intensivista precisa não somente de treinamento especializado, como também de constantes atualizações dentro do seu campo de atuação. Somente assim, ele tem condições de realizar uma avaliação adequada do paciente para a escolha da melhor conduta.  É neste sentido que atua nesse espaço”, esclarece Frederico Clemente, que há 15 anos trabalha nessa área e, há seis, na UTI de um hospital de alta complexidade, em João Pessoa.

 Com relação à realidade do paciente internado em UTI, em estado grave, ele chama a atenção para duas situações   bem específicas: 

“O comprometimento de sua condição respiratória, que o torna dependente do uso de suporte ventilatório mecânico, aparelho que o ajuda a respirar. Manuseá-lo e fazer ajustes requer capacitação e treinamento por parte do fisioterapeuta. Os benefícios são muitos, como aspiração da secreção,   melhora da acomodação no leito, além do monitoramento dos sinais vitais”.

Outra situação importante referida por Frederico diz respeito à limitação motora como consequência da longa permanência no leito. Neste caso, a intervenção da Fisioterapia é feita com movimentos passivos, alongamentos e flexões nas articulações, que funcionam como prevenção de escaras (feridas), ajudam na circulação sanguínea e diminui o edema (inchaço), comum nesses casos.

Trabalho em equipe:

Frederico ressalta a importância do trabalho de cada componente da equipe multiprofissional (médico, enfermeiros, técnicos de enfermagem, nutricionista, psicólogo e outros) na assistência ao paciente no ambiente de UTI, que trabalham na recuperação do paciente.

Em tempo de pandemia:

Estamos vivendo um momento muito difícil por causa do Coronavírus. Não se trata de uma gripezinha. A doença é devastadora. Entre os órgãos mais afetados estão os pulmões, provocando incapacidade respiratória, levando a vítima à internação em UTI. A assistência da Fisioterapeuta é fundamental para o tratamento.  

Fique sabendo:

A Fisioterapia Intensiva exige do profissional curso de especialização de, no  mínimo, dois anos.  

Curiosidade:

Na década de 70, no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, foi implantada a primeira UTI no Brasil.

Regulamentação:

Além de dispor sobre os requisitos mínimos para o funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva, a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 7, de 24 de fevereiro de 2010, também inclui a presença do profissional de fisioterapia como um dos membros principais da equipe intensivista.

Referências:

www.coffito.gov.br

IESPE.com.br/blog/fisioterapia-intensiva/

Infoescola.com/medicina/unidade-de-terapia-intensiva-uti/

 

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