Farmácia, estabelecimento de saúde


 



Por: Célia Rangel 

Você já parou para pensar que a farmácia, ao longo do tempo, deixou de ser um estabelecimento restrito à venda de medicamentos? E parou para refletir sobre a importância da presença do farmacêutico no local? É sobre essas transformações e seus benefícios na vida da população que o Oh, Que saúde preparou esta matéria. Confira. 

“Os serviços oferecidos na farmácia vão muito além da dispensação, orientação e uso de medicamentos, eles abrangem monitoramento da pressão arterial, glicemia capilar e da temperatura, realização de pequenos curativos, aplicação de injetáveis mediante receita médica, promoção de campanhas ou ações de saúde, perfuração de lóbulo/colocação de brincos, aplicação de vacinas, entre outros”, destaca Cila Gadelha, farmacêutica e presidente do Conselho Regional de Farmácia (CRF-PB). 

Serviços farmacêuticos: 

É importante ressaltar a abrangência desses serviços no que diz respeito à participação do farmacêutico em várias ações que envolvem programas, como os de acompanhamento para gestantes/lactantes, pacientes com  asma,   diabetes e hipertensão. Além disso, a farmácia também disponibiliza a realização de testes de gravidez (Beta HCG), Colesterol, Triglicerídeos e outros. O que tem de mais marcante no que concerne à importância do farmacêutico se relaciona a sua responsabilidade social. Para maiores esclarecimentos, o Oh, Que saúde! relaciona abaixo algumas atividades clínicas por ele desempenhadas.

  • Avaliação de prescrição: envolve a avaliação da receita antes da entrega do remédio. Nesse momento, podem surgir dúvidas e problemas que precisam ser sanados pelo farmacêutico, isto ocorrendo, ele tem autonomia para manter contato com o prescritor com o objetivo de esclarecer a situação; 
  • Dispensação: momento importante, quando o farmacêutico volta-se para a orientação ao paciente acerca do uso seguro e racional de medicamentos, isto implica em explicações referentes às possíveis reações adversas, interações medicamentosas e ainda em orientações pertinentes às condições de armazenamento do produto;
  • Administração de medicamentos: inclui a aplicação de injetáveis e a inaloterapia, com exigência da apresentação de prescrição. 

 

No que se refere à presença do farmacêutico, Cila destaca:

 “Não há dúvidas que farmácias e drogarias são estabelecimentos cujas atividades, quando desempenhadas por profissionais desqualificados, têm o potencial de gerar nocividade da população, em virtude de serem unidades de prestação de assistência diretamente ligada à saúde”, esclarece.  

Lei: 

A lei 13.021/2014, publicada em 11 de agosto de 2014, muda o conceito de farmácia no Brasil: 

“Farmácias e drogarias deixam de ser estabelecimentos comerciais para se transformar em unidades de prestações de assistência farmacêutica, assistência à saúde, orientação sanitária individual e coletiva”. 

Igualmente importante é o ponto que trata da exigência da obrigatoriedade da presença de um farmacêutico durante todo o horário de funcionamento do local, conferindo-lhe autonomia técnica. 

 

Veja o que um usuário diz sobre o profissional de farmácia: 

“Sinto-me mais tranquilo com a sua presença no estabelecimento. Inúmeras vezes, fui por ele atendido e orientado. Saí do local sentindo-me mais seguro para tomar o medicamento”, afirma, Jorge Bianco, morador do bairro de Tambauzinho, em João Pessoa. 

 

O usuário também pode dispor de um conjunto de serviços farmacêuticos, voltados para a prevenção e recuperação da saúde. Eles estão especificados na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 44, de 17 de agosto de 2009. Cabe ao profissional de farmácia prestar serviços como: conciliação de medicamentos; seguimento farmacoterapêutico e rastreamento em saúde. 

 

Conquistas: 

Cila salienta que essas conquistas são resultado de anos de luta do Conselho Federal, dos Conselhos Regionais de Farmácia, juntamente com os profissionais da área. Essas transformações elevam o segmento da profissão farmacêutica, por isso, é considerada um marco importante para a sociedade. 

 

Histórico: 

“A história da farmácia remete à preocupação com a saúde. No século X, a medicina e a farmácia eram uma só profissão, pois, a verdadeira vocação da farmácia é a de ser um estabelecimento prestador de serviços farmacêuticos e não mais um mero ponto de dispensação. Os serviços farmacêuticos orientados para a atenção do paciente, como farmacovigilância e uso racional de medicamentos, devem sempre oferecer melhoria na qualidade da saúde da população. Essas conquistas são decorrentes de uma nova mentalidade que atribui um conceito social a esses estabelecimentos”, esclarece Cila Gadelha.  

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Fontes: 

Lei 13.021/2014 

RDC nº 44 – Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) 

Conselho Federal deFarmácia  

Conselho Regional de Farmácia(CRF-PB) 

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