Rinite, rinussinusite e asma, doenças comuns no período do inverno


 




 Por: Célia Rangel 

“Há duas semanas, logo pela manhã, comecei a espirrar muito. Meu nariz ficou congestionado, os olhos coçando e senti moleza no corpo. Não consegui trabalhar. Fiquei de repouso, mas os sintomas não passaram. À tarde, procurei atendimento médico. Fui medicada pelo plantonista que disse parecer quadro característico de rinite alérgica, e me orientou a procurar ajuda de um especialista da área. A crise foi controlada com a medicação e agora estou sendo acompanhada e, daqui a alguns dias, vou passar por exames para o diagnóstico preciso e começar o tratamento”, relata Cristiane Cesário, 27 anos, secretária. 

Todo ano, no período do inverno é assim, cresce o número de ocorrências de doenças respiratórias, aumentando o atendimento em hospitais e serviços de saúde. São pessoas com sintomas de rinite, rinossinusite e até bronquite. Por que, nessa época do ano, isso é tão comum? Para responder essa e outras perguntas, a jornalista Célia Rangel conversou com o pneumologista, alergista e imunologista Sebastião de Oliveira Costa, referência nas especialidades. Acompanhe o bate-papo. 

CR- Bom dia Dr. Sebastiao! O Oh, que saúde! agradece sua atenção. 

SC – Estou à disposição. 

CR – Por que as manifestações alérgicas são mais frequentes na época de frio? 


SC –
As pessoas alérgicas, com rinite, rinussinusite e também bronquite são muito mais incomodadas nessa estação do ano por causa da queda brusca da temperatura, o que desencadeia crises alérgicas. Além disso, tem outro fator que considero mais importante que é a proliferação de ácaros e fungos, principais responsáveis por alergias respiratórias.  

CR – A que se deve essa propagação?  

SC - Os ácaros e fungos adoram ambientes escuros e, nessa época, as pessoas fecham mais o quarto, criando as condições ideais para sua disseminação. A umidade também é outro fator importante nesse contexto. 

CR – Quais os principais sintomas de doenças alérgicas, como rinite e asma? 

SC – No que se refere à rinite, são espirros, coceira no nariz e olhos, obstrução nasal e, às vezes, tosse. Já com relação à asma, a mais grave das alergias, os principais sintomas incluem tosse, chiado, secreção, cansaço e opressão torácica. 

CR – Quais as orientações para as pessoas alérgicas nessa estação? 

SC -  Em dias ensolarados, deixar entrar luminosidade no quarto e também no restante da casa, porque ácaros e fungos não convivem com a luz do sol. É importante também deixar o guarda-roupa aberto para evitar a propagação desses alérgenos (eles gostam de ficar em roupas). 

CR – Quais são os tratamentos para alergias? 

SC – Para conduzir um tratamento de alergia respiratória, primeiro é preciso identificar a sua base. É necessário fazer teste alérgico cutâneo que vai revelar os fatores determinantes da rinite, rinussinusite e asma. Geralmente, os ácaros e fungos estão envolvidos. Porém, existem outros fatores que podem provocar reações alérgicas como pelo de gato e de cachorro e fumaça de cigarro, por exemplo.  

CR- Além do teste cutâneo, existe algum exame específico?  

SC – Existe um exame de sangue chamado IgE, para medir a concentração de anticorpos. A junção do teste alérgico cutâneo, do IgE, e os sintomas apresentados possibilitam a avaliação e diagnóstico para que possa ser instituído o tratamento (medicamentoso e com vacinas). Às vezes, são indicadas as duas formas, dependendo do nível de alergia

CR- Dr. Sebastião, nós, que fazemos o Oh, que saúde! agradecemos muito sua participação e esclarecimentos aos nosso seguidores. 

SC -  Eu também agradeço. 

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Fique ligado  

Os dados são da Organização Mundial de Saúde (OMS:) entre as doenças crônicas que mais atacam a população mundial, as alergias ocupam a quarta posição. E a estimativa da agência é que existam 500 milhões de pessoas com rinite alérgica no mundo. 

Contextualizando o Brasil 

Aqui no país, 30 % da população é afetada por algum tipo de alergia. E a predominância da rinite alérgica chega a 25% dos brasileiros, considerado um dos percentuais mais altos do mundo. Ainda de acordo com a OMS, a asma alérgica atinge 20% das crianças e adolescentes brasileiras.  

Fonte: 

- OMS 


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