Por: Joceane Gomes
“Com aproximadamente um ano e meio comecei a notar algo diferente na forma como ele se comunicava, no entanto, como mãe de primeira viagem, as incertezas rondavam meu coração em todos os aspectos. A princípio, resolvi dar um tempo, já que minha mãe falava que eu também tinha tido atraso na fala e ele deveria ter herdado isso de mim, entretanto, a quando completou exatamente dois anos, vi que não estava normal, pois ele não pronunciava nenhuma palavra, foi então que resolvi procurar ajuda de uma fonoaudióloga”, ressalta.
Graciane explicou que, imediatamente, o pequeno Rafa, apelido carinhoso dado pela família, começou a fazer sessões de Fonoaudiologia, contudo, se passaram meses sem que eu e o pai tivêssemos um diagnóstico, e não se percebia evolução no desenvolvimento da fala. “Eu nunca tinha ouvido falar deste distúrbio, daí uma amiga me alertou sobre esse problema da Apraxia de Fala, foi então que procurei uma Fonoaudióloga com especialidade em Apraxia e, após alguns testes, recebemos o diagnostico”, frisa.
De acordo com a fonoaudióloga Gabriella Luna, o diagnóstico da Apraxia de Fala na Infância deve ser feito pelo profissional de Fonoaudiólogia, com experiência na área, uma vez que está apto a atuar nos vários distúrbios da comunicação humana.
“O diagnóstico só é fechado aos três anos de idade, porém, aos dois, nós já sinalizamos aos pais se a criança apresenta sinais de risco para a Apraxia, tendo em vista que é realizada uma avaliação minuciosa de todos os aspectos da fala, linguagem e da motricidade oral da criança, depois disso, já iniciamos o que chamamos de terapia diagnóstica”, explica.
Gabriella ressalta que as crianças com Apraxia necessitam de atendimento terapêutico individual e os resultados e progressos são obtidos a longo prazo. “O diagnóstico é feito de maneira clínica, ou seja, não existe nenhum exame que confirme se a criança apresenta o distúrbio. O fonoaudiólogo deverá avaliar as questões motoras de fala, cognitivas, intenção comunicativa e questões de linguagem. Tudo de forma individualizada”, explana.
No levantamento mais recente, feito pela American Speech and Hearing Association (ASHA), em um grupo de mil crianças na faixa de 1 a 5 anos de idade, 10 delas apresentaram algum distúrbio de comunicação. Dessas, de 3 a 5% foram diagnosticadas com Apraxia.
Mas, então como saber se o meu filho tem Apraxia da Fala?
Alguns dos sintomas mais comuns apresentados pelas crianças que possuem esse quadro são:
- Geralmente são bebês mais quietos e emitem poucos sons;
- Apresentam dificuldade em produzir sons de vogais e consoantes;
- Atraso na fala;
- Trocas na fala com muita frequência;
- É difícil compreender o que a criança está falando;
- Dificuldade em falar palavras mais extensas, quanto maior a palavra, maior a dificuldade;
- A melodia da fala é diferente, lenta ou estranha;
- Pode apresentar outras dificuldades motoras como para se alimentar ou mastigar;
Mais informações sobre o assunto podem ser obtidas no site da associação Abrapraxia.
https://apraxiabrasil.org/
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