Redes sociais, ferramentas a serviço da saúde mental



  


Por: Célia Rangel 

Você hoje amanheceu triste? Por quê? Teve um desentendimento familiar? Uma desilusão amorosa? Está desempregado ou enfrentando problemas no trabalho? Sente que a pandemia do Coronavírus está mexendo com o seu psicoemocional? Se a resposta é sim, não se apavore, pois, essas reações são comuns quando se está enfrentando adversidades desse nível. É natural sentir-se assim.  

Porém, é preciso ficar alerta para o prolongamento desse quadro. Existem pessoas que, por vários fatores, não conseguem superar essas situações. Quando isso acontece, instalam-se sintomas, como por exemplo, constante falta de energia, desmotivação, insônia, desinteresse por quase todas as atividades, entre outros. Se já faz um tempo que você está se sentindo assim, então é hora de procurar ajuda, pois, pode estar com depressão ou algum outro transtorno.   

 “A perda do emprego, conflitos com familiares e a Covid-19 bagunçaram meu mundo. A minha vida interior transformou-se num turbilhão. Com o passar dos dias, sentia-me cada vez mais desmotivado, sem esperança, e a percepção da vida transformou-se em algo altamente negativo, sem sentido. Estava vivendo na base do tanto faz. E confesso que, a contragosto, “empurrado” pela minha esposa, por alguns familiares e amigos, procurei ajuda médica. Agora, estou sendo tratado por profissionais capacitados.  Sinto-me bem melhor, motivado e fazendo planos. Digo que, aos poucos, estão ocorrendo mudanças significativas dentro de mim”, desabafa Alex Medeiros, professor da área de Exatas.  

Mas, além desse acompanhamento, Alex está recebendo também apoio das redes sociais, no seu caso, por meio do You Tube.

“Estou assistindo a vídeos produzidos por psicólogos que estão ajudando na conscientizando a respeito do que está acontecendo comigo, do porquê das minhas decisões e reações. É a tecnologia sendo utilizada em benefício da saúde mental”, acrescenta.   

Plataformas sociais: ambiente de acolhimento  

Esse apoio disponibilizado pela internet cada vez mais ganha amplitude. No caso específico de João Pessoa, temos relatos de seguidores que recebem esse suporte de psicólogos voluntários, através das plataformas sociais. O Oh, Que saúde! repercute  essa experiência  através do projeto idealizado por Augusto Vaz,  psicólogo clínico e neuropsicopedagogo,  que usa as redes sociais para ajudar as pessoas.  

“Por causa do isolamento social imposto pela pandemia, quando as relações presenciais com familiares e amigos foram interrompidas, percebi que as pessoas passaram a apresentar um grande sofrimento psíquico, refletindo-se em seu comportamento, gerando transtornos como depressão, ansiedade, dependência emocional, entre outros. Foi a partir dessa constatação que nasceu a ideia de usar as redes sociais com o propósito de ajudar quem está vivendo essa realidade. Passei então a gravar Lives, no Instagram, e depois vídeos no You Tube”, explica. Augusto Vaz (Click aqui)

Vaz fala sobre o conteúdo apresentado e também destaca a repercussão do trabalho. “Nos vídeos, abordo temas relacionados a sofrimento, estabilidade e dependência emocionais, rompimento de relacionamentos, comportamento manipulador e mais.  Os resultados e o número de acesso são surpreendentes. Sinto-me bastante gratificado, pois sei que estou contribuindo com o processo de autoconhecimento das pessoas”, frisa.   


Outros canais: 

Tenho certeza que você já deve ter ouvido falar do Centro de Valorização da Vida – CVV. O centro oferece apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, e-mail e chat 24 horas todos os dias. 

O centro é conhecido em todo o Brasil e já tem mais de 58 anos de existência. Já ajudou e continua ajudando inúmeras pessoas, que no momento de grande sofrimento, atentam contra a própria vida. Para ser voluntário do CVV é necessário ter mais de 18 anos de idade, pelo menos quatro horas disponíveis por semana, e vontade de ajudar. 

 CVV — Centro de Valorização da Vida, fundado em São Paulo, em 1962, é uma associação civil sem fins lucrativos, filantrópica, reconhecida como de Utilidade Pública Federal, desde 1973. Presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional e prevenção do suicídio para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo e anonimato. 

A instituição é associada ao Befrienders Worldwide, que congrega entidades congêneres de todo o mundo, e participou da força tarefa que elaborou a Política Nacional de Prevenção do Suicídio, do Ministério da Saúde, com quem mantém, desde 2015, um termo de cooperação para a implantação de uma linha gratuita nacional de prevenção do suicídio. Mais informações   podem ser obtidas pelo site: https://www.cvv.org.br/ 

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Fontes:  

Viver Bom 

 CVV

Setembro Amarelo

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