Terapia Assistida por Animais (TAA)



Por: Joceane Gomes

“O cachorro é o melhor amigo do homem”, não sabemos realmente como esta frase foi criada, mas uma coisa é certa, ela representa muito bem o pensamento de muitas pessoas, pois, sabemos que a boa relação entre homens e animais existe há milênios. E por que não trazer esses animais tão queridos para os momentos mais difíceis das nossas vidas? A Terapia Assistida por Animais (TAA) se tornou uma preciosa ferramenta para ajudar no tratamento de doenças e no auxílio a pessoas acamadas e hospitalizadas. A terapia já acontece em muitos hospitais e casa de repousos espalhadas pelo Brasil e mundo. O tratamento precisa do acompanhamento de profissionais de saúde e já é uma prática que está ganhando espaço na medicina atual. O contato com o pet gera identificação por parte do paciente e, consequentemente, há uma melhora no quadro de saúde. Entre os animais mais utilizados, os cachorros são os campeões de popularidade, mas, qualquer espécie de pet que passe por um preparo físico e que não apresente risco pode participar, desde que antes tenha sido treinado e educado para a terapia. A presidente da Terapia com Pets - TeraPet, Kariny Quidute, é defensora fervorosa da terapia com os pets e, de forma voluntária, leva os animais a diversos hospitais, clínicas psiquiátricas e lar de idosos.

“O projeto começou depois de diagnosticada com ansiedade generalizada e depressão. Fui afastada do trabalho e, nesse período, adotei um cão que estava muito doente. Cuidei dele, mas se, for pensar direito, ele que cuidou de mim. No início, eu não queria sair da cama, não queria sair de casa, mas fazia esse esforço pelo meu cãozinho. Viveu comigo sete meses, depois partiu, mas, quando se foi, eu já não fazia mais uso de nenhuma medicação. E continuo até hoje assim. Kariny destaca que, a partir daí decidiu criar um grupo para fazer visitas nos lares de idosos. Depois, conseguiu chegar nas áreas hospitalares. Paralelamente, estudei muito e vi que, em muitos estados do Brasil, também é comum o uso da terapia assistida por animais”, esclarece.

A presidente da TeaPet reforça que nem todo animal nasceu para ser um terapeuta, mas, por sua vez, qualquer um que apresente tranquilidade, personalidade que as pessoas possam abraçar, beijar e apertar, sem que ele reaja, já é um grande passo.
“Nós do TeraPet, abrimos um processo seletivo duas vezes ao ano para que pessoas que tenham interesse em colocar o seu cãozinho no projeto possam participar”, ressalta.
A psicóloga Alice Vieira explicou que a terapia assistida com animais traz vários benefícios aos participantes.
“Comprovadamente, sabemos que reduz o estresse e ansiedade causados pela internação hospitalar, contribui para a sensação de bem-estar, uma maior adesão ao tratamento, melhora o estado físico e emocional, tratamento mais humanizado, incentiva ao contato social, amplia a comunicação da criança com a equipe, além de diminuir a percepção de dor e amenizar toda uma situação que, porventura, venha existir”, frisa.

O médico pediatra Roberto Leitão explicou que não há uma recomendação específica de quem pode ser ajudado pela terapia.
"Qualquer paciente pode ser beneficiado, desde que não haja alguma contraindicação médica ou psicológica, pois, é percebido que depois da terapia com os animais é acrescida a colaboração entre pacientes e terapeutas”, finaliza.

Curiosidades 

Muitas instituições e ONGs também trabalham levando esses animais até escolas, hospitais e centros de recuperações, como no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas e Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, em São Paulo, na APAE de Nova Iguaçu e na Casa Abrigo Betel, ambas no Rio de Janeiro. Na Paraíba, esse projeto já foi implantado nos Hospitais de Emergência e Trauma de João Pessoa e Campina Grande e no Complexo Psiquiátrico Juliano Moreira. Agora, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) planeja expandir o programa para outros serviços da Rede Estadual. Na Paraíba, E em muitos casos o animal terapeuta não precisa ser disponibilizado por uma organização não governamental, pode ser o próprio bichinho do paciente. Meu pet pode participar de terapias? Se você se apaixonou pelo projeto e gostaria de participar, saiba que seu filho pet pode sim ser um terapeuta! Mas, é importante ressaltar que pets que desejam ser terapeutas precisam passar por um treinamento prévio, além de inspeções regulares de saúde. 

      • Vacinação e vermifugação em dia;
      • Banho recente;
      • Unhas aparadas;
      • Controle de parasitas;
      • Não ingerir leite;
      • Não ingerir carne crua;
      • Visitas regulares ao veterinário,
      • Obedecer comandos de controle.

Fonte: idpc/ QEdu rede abrigo/ HEETSHL – Hospital de Emergência e Trauma Hospital Regional de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes/

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