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Cenas da novela Laços de Família |
Por: Célia Rangel
Durante todo este mês, está sendo realizada a campanha Fevereiro Laranja voltada para ações que visam a conscientização da população a respeito da importância da realização de exames periódicos, valiosos no que se referem à prevenção e diagnóstico precoce da doença. Chama a atenção também sobre a doação de medula óssea. Reflexões preocupantes a respeito do assunto trazem à lembrança fortes cenas da novela Laços de Família, de autoria de Manoel Carlos, exibida pela Rede Globo entre 5 de junho de 2000 e 3 de fevereiro de 2001. Você assistiu?
A temática da leucemia foi abordada de forma brilhante pelo autor através da personagem Camila, interpretada impecavelmente pela atriz Carolina Dickmann. Camila é diagnosticada com a doença e sua família inicia uma longa jornada para salvar a vida da jovem, que é tratada com quimioterapia, porém os resultados não foram satisfatórios e ela foi submetida ao transplante de medula óssea. A novela mostra momentos fortes e emocionantes. Se você não assistiu, ela está sendo reprisada.
A leucemia preocupa especialistas. Dados apresentados pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) dão uma dimensão da situação no Brasil. De acordo com o INCA, 10.800 casos de leucemia são diagnosticados a cada ano no país e, até 2022, o número de homens atingidos será de 5.920 e o de mulheres chegará a 4.820. Está listada como sendo o nono tipo de câncer mais comum entre os homens e o 11º entre as mulheres. São dados que chamam a atenção. Outro fator de preocupação mencionado é que se trata de uma doença que vai se instalando silenciosamente, por isto, é preciso estar sempre alerta e não relaxar as visitas ao médico.
O que é a doença
Leucemia é o câncer do sangue. Ataca os glóbulos brancos, também chamados leucócitos. Eles se acumulam na medula óssea, que é o local onde são formadas as células sanguíneas. Segundo a literatura médica, na maioria das vezes, a doença é de origem desconhecida.
Classificação
Ocorre levando-se em consideração a velocidade com que evolui. Sendo assim, as leucemias estão classificadas como aguda e crônica. O tipo aguda evolui rapidamente; já a crônica, agrava-se de forma mais lenta. A classificação também as agrupa de acordo com os tipos de glóbulos brancos por elas afetados, é o que a Medicina chama de linfoides ou mieloides.
Tipos de leucemia
Conforme o INCA, existem 12 tipos de leucemia, mas são consideradas primárias as seguintes: Leucemia Mieloide Aguda (LMA), Leucemia Mieloide Crônica (LMC), Leucemia Linfoide Aguda (LLA) e Leucemia Linfoide Crônica (LLC).
Sinais da doença: reproduzimos alguns relacionados pelo Instituto Nacional do Câncer.
- fraqueza;
- perda de peso;
- dores nos ossos ou juntas (articulações);
- vômitos acompanhados de dores de cabeça;
- febre frequente ou persistente
- desequilíbrio ao andar;
- irritabilidade;
- modificação repentina da cor da pele;
- dificuldade em se movimentar;
- dores frequentes na barriga;
- sangramentos em geral, entre outros.
Existe prevenção?
Embora os especialistas não apontem fatores de risco que contribuam para o desenvolvimento da doença, eles a correlacionam ao tabagismo e o consideram importante em relação à LMA. Lembram e ressaltam que o hábito de fumar está relacionado também ao surgimento de outros tipos de câncer, como de pulmão, boca e bexiga, além de desencadear outras doenças graves e ainda provocar infarto e AVC.
Tratamento
Está condicionado à gravidade do caso, podendo variar. No que diz respeito às leucemias consideradas agressivas, o tratamento geralmente é feito por meio de quimioterapia. Há casos que também exigem radioterapia e até transplante de medula óssea.
Estigma social
A estigmatização do câncer está impregnada na cultura, que imprime marcas negativas à doença, resiste e se impõe à evolução tecnológica e aos avanços nas formas de tratamento. No entanto, não se pode deixar de reconhecer que esse cenário tem sofrido modificações bastante positivas no sentido de desmistificá-las. Muito se tem feito para desassociá-las da doença. Assim como acontece com pacientes vítimas de outras enfermidades graves, os portadores de câncer precisam de acolhimento e afeto.
O Oh, que saúde! abraça a campanha Fevereiro Laranja. Cuide-se. Vá ao médico, solicite os exames. Faça sua parte.
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Fonte:
Instituto Nacional do Câncer
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