Conheça a jornada inspiradora da assistente social Neuma Ribeiro


 



Por: Célia Rangel 

“Cada pessoa tem sua jornada. Tenho orgulho da minha. Comecei no setor de Lavanderia de uma unidade de saúde de João Pessoa e, depois de formada, conquistei a coordenação do Serviço Social da instituição. A caminhada foi longa e cheia de desafios, mas valeu muito. Realizei meu sonho”, Neuma Ribeiro, assistente social.

Conquistar um diploma de nível superior muitas e muitas vezes envolve histórias de superação. As dificuldades para atingir esse objetivo incluem problemas de ordem financeira, questões familiares e a necessidade de trabalhar, entre outros. Porém, o esforço é recompensado quando os objetivos são alcançados e vislumbram possibilidades de melhoria de vida a partir da perspectiva de melhores empregos. Essa história foi e é vivida por personagens anônimos Brasil afora, como também por pessoas bem conhecidas.

E é sobre esse tema, superação, que o Oh, que saúde! traz a história da assistente social Neuma Ribeiro que, gentilmente, bateu um papo descontraído pelo telefone com a jornalista Célia Rangel. É uma experiência que vale a pena conhecer.

CR – Bom dia Neuma! Muito legal sua disponibilidade de abertura para compartilhar sua inspiradora trajetória.

NR- Bom dia! Sinto-me feliz e orgulhosa em poder falar um pouco sobre minha caminhada.

CR – Neuma, contextualiza sua vida antes de se tornar assistente social.


NR – 
Antes disso, vou contar uma pouco da minha história, desde a infância. Nasci em Pombal, sertão da Paraíba, eu e meus seis irmãos. Sou filha de uma dona de casa e de um mestre de obras. Quando eu ainda tinha meses de vida, eles decidiram vir morar em João Pessoa para que nós tivéssemos melhores condições de vida, pudéssemos estudar.

Aqui também enfrentamos dificuldades. Com o passar do tempo, fomos crescendo e a necessidade de trabalhar era imperiosa, como acontece com milhares de famílias no nosso país. Até que, em 2001, foram abertas as inscrições para o processo seletivo para trabalhar no Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa. Fiz a prova e conquistei uma vaga para auxiliar de lavanderia daquela unidade de saúde. 

CR- Como foi essa experiência?

NR – Trouxe muito crescimento. Depois de um tempo, passei a trabalhar como secretária no mesmo setor. Além disso, naquele mesmo ano, fiz vestibular para o curso de Serviço Social da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e fui aprovada.  Mas, para chegar lá, contei com a ajuda de uma pessoa muito especial, Irmã Catarina, já falecida, que pagou meu cursinho pré-vestibular e as passagens de ônibus. Ela teve um papel importantíssimo na minha vida. Sou muito grata pelo que fez por mim.

CR – O que lhe levou a querer ser assistente social?

NR – Eu sempre gostei da área de Humanas, no entanto, a minha maior inspiração foi a minha cunhada Vitória, excelente profissional. Ser assistente social é uma missão, é garantir os direitos fundamentais da população menos favorecida e trabalhar pela cidadania e redução das desigualdades. Sou apaixonada por essa profissão.


CR –
 Conte um pouco do período na universidade.

NR – Foi uma fase de muito esforço e dedicação. Eu trabalhava pela manhã e estudava à tarde e em algumas noites, contudo, contei com o apoio de amigos do trabalho e da faculdade.

CR – Em que ano você concluiu o curso?

NR – Em 2005. Nesse mesmo ano, tive a oportunidade de exercer minha profissão no Hospital de Trauma. Após três anos, me tornei supervisora da equipe de Serviço Social e, no ano seguinte, fui nomeada coordenadora do setor, onde permaneci durante oito anos. Foi uma experiência enriquecedora, tanto profissionalmente quanto no que se refere ao crescimento pessoa. Hoje não trabalho mais lá, atuo na política de assistência, em uma instituição de acolhimento a crianças e adolescentes.

CR – Como é trabalhar nesse momento de pandemia e conciliar os papeis de mulher, esposa, dona de casa, mãe, filha, entre outros?


NR –
 É difícil. Para todas as pessoas que trabalham fora e têm filhos (tenho três meninos), o esforço é redobrado. O coranavírus tem impactado fortemente as nossas vidas. Os cuidados no que diz respeito aos protocolos de segurança estabelecidos pelos órgãos sanitários são muito importantes para todos nós, em casa e no trabalho.

CR – Neuma, deixe uma mensagem para os nossos seguidores.

NR – Minha mensagem é especialmente dirigida às mulheres. Nunca desistam de si mesmas. Somos fortes, podemos trabalhar na área e no cargo que desejamos. Acreditem no seu potencial. Tenho muito orgulho de ter alcançado meus objetivos. Lutei por eles.

CR – Neuma, O Oh que saúde! agradece demais por poder levar aos nossos seguidores sua história de superação.

NR – Também sou grata. Espero ter contribuído levando motivação.

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