Dicas para proteger as mãos do excesso de álcool em gel



Por : Priscila Andrade



O álcool em gel passa fazer parte do cotidiano das pessoas do mundo inteiro, por causa da pandemia da Covid-19, principalmente, porque lavar as mãos é a maneira mais eficiente de evitar o contágio do coronavírus.  O problema é que o uso excessivo do álcool em gel pode provocar dermatites, alergias e até ferimentos, que podem se transformar em portas de entradas para outras infecções bacterianas, virais ou até mesmo fúngicas.


     De acordo com a dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Ismaelli Veras, o uso constante do álcool em gel pode causar a queda da barreira da pele, ou seja, remover a camada lipídica da pele, a gordurinha que a protege. A remoção dessa camada expõe a pele a fatores externos.  
Sem essa barreira de proteção um perfume, detergente ou até mesmo o sabonete podem deixar a pele ressecada, irritada e provocar vermelhidão nas mãos. Nesse caso, a primeira atitude é lavá-las com água corrente. Caso a vermelhidão evolua para inchaço, bolhas, dor ou coçar muito, o ideal é procurar um dermatologista para evitar maiores danos, completou.  
       Por isto, uma excelente recomendação em tempos de covid-19 é nutrir a pele com o creme para as mãos, após a utilização do álcool em gel. A recomendação são as loções a base de alantoína, aloe vera, ácido hialurônico, ureia e calêndula, que podem ser aplicadas sobre a pele, logo após 3 a 5 minutos da utilização do álcool em gel. A hidratação pode ser potencializada através da aplicação antes de dormir. 

   Para Ismaelli Veras, os hidratantes não inibem a ação do sabão e nem do álcool gel, desde que estejam mantidos adequadamente e na validade.
Não há uma quantidade certa a ser passada, mas vale usar o bom senso e colocar o suficiente para espalhar nas mãos e dedos. Já que não podemos controlar a doença em si, podemos ter ações que minimizam o efeito dela ou até evitam a piora da situação. É hora de nos cuidarmos, ressaltou.
Além desses cuidados de hidratação, a especialista também deu algumas dicas para evitar esse ressecamento:

 1. Não use água muito quente para lavar as mãos; 

 2. O sabonete líquido pode ser mais suave e rende mais;

 3. As unhas devem estar aparadas, mais curtas, para facilitar a higiene e cuidado com alicates de cutícula;

 4. Cuidado com as unhas em gel para não acumular vírus; 

 5. O álcool gel não deve substituir a lavagem das mãos, deixe para usá-lo quando não houver opção;

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