Por: Joceane Gomes
Tenho certeza que você já deve ter escutado a expressão popular “estou de queixo caído”, que significa ficar muito admirado ou espantado com alguma situação presenciada. Mas, imagine quem, literalmente, vive ou já viveu essa realidade? Deve ser assustador. O nome desse acontecimento é Disfunção da Articulação Temporomandibular – DTM. A equipe do site Oh, que saúde! conversou com um especialista na área para esclarecer todas as dúvidas a respeito do assunto, ainda pouco conhecido.
A articulação temporomandibular liga o maxilar ao crânio e pode, por exemplo, não está funcionando adequadamente. Essa articulação é uma das mais complexas do corpo humano, responsável por mover a mandíbula para frente, para trás e para os lados. Sendo assim, qualquer problema que impeça a função ou o adequado funcionamento desse sistema de músculos, de ligamentos, de discos e de ossos é chamado de DTM.
O bucomaxilofacial Adriano Paredes esclareceu que a primeira forma de identificar e tratar a disfunção é procurando ajuda de um especialista.
“Disfunções de ATM apresentam muitos sinais e sintomas, por isto, sempre aconselho que, ao sentir desconforto na região da mandíbula, procure um bucomaxilofacial. Ele, com certeza, vai ajudar a descobrir se você tem DTM e, após o diagnóstico, sugerir o melhor tratamento”, explica.
Adriano elencou alguns sintomas comuns à DTM como: dores de cabeça e de ouvido, dor e pressão atrás dos olhos; sensação de desencaixe ao abrir ou fechar a boca; dor ao bocejar, ao abrir muito a boca ou ao mastigar; mandíbulas que "ficam presas", travam ou saem do lugar; flacidez dos músculos da mandíbula.
“Alguns sintomas podem estar presentes em outros problemas, por esse motivo, sempre reforço a procura imediata de um especialista, já que a disfunção de ATM pode ser tratada através da fisioterapia, terapia de aplicação ortopédica e, em pouquíssimos casos, será necessário o procedimento cirúrgico”, destaca.
O advogado Anderson Beserra já passou por algumas dificuldades na mandíbula, e ele relata que, durante anos, sentia vários desconfortos e não sabia o que era.
“As dores eram constantes, bem como a dificuldade de abrir a boca. Também sentia dor no rosto e na área das orelhas, por muitas vezes, dores de cabeça e no ouvido, mas só comecei a ficar muito preocupado quando a mandíbula começou a se deslocar”, frisa.
Anderson comentou que ao procurar o bucomaxilofacial, de imediato começou, o tratamento.
“Ao chegar ao consultório e explicar todo o processo de dor que sentia e o deslocamento da mandíbula, no primeiro momento, o especialista passou uma medicação, tendo em vista que as dores eram fortes. Mas, ao longo do tratamento, utilizei um protetor bucal noturno, retirei dois dentes que estavam prejudicando no processo e aprendi técnicas de relaxamento para auxiliar no controle da tensão muscular da região. Depois de seguir todos os passos, já não sinto mais dor e pude perceber como é bom bocejar sem sentir qualquer tipo de incômodo”, ressalta.
Curiosidades:
A DTM aparece com mais frequência nas mulheres, sendo aproximadamente de 9 mulheres para 1 homem. Tenta-se explicar esta alta incidência devido ao fato de estar exposta ao estresse emocional, às mudanças hormonais durante o ciclo menstrual e a gravidez. Em relação à idade, pode ocorrer em qualquer faixa etária, porém, é mais comum dos 30 aos 40 anos.
E aí? Ficou de “queixo caído” com o assunto? Dê sua opinião. É importante sua participação.
Fontes:
Site: Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco- Maxilo- Facial https://www.bucomaxilo.org.br/
Site: Sorrisologia https://www.sorrisologia.com.br/noticia/atm-e-dtm-veja-o-que-e-cada-uma-e-quais-as-causas-sintomas-e-tratamentos-para-as-disfuncoes-na-articulacao-da-mandibula_a9155/1
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