Por: Célia Rangel
Estamos no mês de incentivo à doação de órgãos e tecidos. E, em todo o Brasil, acontecem ações no sentido de conscientizar e sensibilizar a população a respeito da importância desse ato. O que você pensa sobre o assunto? Em algum momento, sentiu-se inclinado a manifestar esse desejo junto a sua família? Se sim, por que ainda não o fez? Sente medo? Tem dúvidas? Então, aproveite e leia as informações que o Oh, Que saúde! disponibiliza nesta matéria e reflita sobre o tema.
“Diversas vezes, senti vontade de manifestar para minha família o desejo de ser doador de órgãos, porém, faltava coragem porque muitas questões impediam a tomada de decisão. Mas, resolvi me informar sobre o assunto com pessoas da área da saúde. Elas esclareceram todas as dúvidas. Foi então que comuniquei aos familiares o meu posicionamento”, recorda Saulo Figueiredo, técnico em contabilidade.
E assim acontece com muitas pessoas. No caso de Saulo, a desinformação era o maior obstáculo. No entanto, de acordo com Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), a negativa da família é o maior impedimento para a doação. Por isto, converse com seus familiares e, de forma convincente, comunique sua decisão de ser doador, para que seja respeitada porque, após sua morte, somente eles podem autorizar a retirada dos órgãos.
Retirada dos órgãos/Morte encefálica
Para que a o procedimento cirúrgico seja realizado para a retirada de órgãos para doação, é preciso a confirmação da morte encefálica, que é a parada definitiva do encéfalo (cérebro e tronco cerebral). Para isto, são feitos exames e testes padronizados pela resolução 1.480/97, do Conselho Federal de Medicina.
Órgãos que podem ser doados após a morte: coração, córneas, pulmões, fígado, rins, pâncreas e tecidos.
Pessoas que não podem ser doadoras:
- Portadores de doenças infectocontagiosas, entre elas hepatites B e C,
Doença de Chagas, soropositivos (HIV);
- Pessoas com doenças degenerativas crônicas ou tumores malignos;
- Pacientas com que Sepse (infecção generalizada)
- Pacientes com Insuficiência de Múltiplos Órgãos (IMOS).
Redução da taxa do número de doadores: os dados levantados pela ABTO revelam que houve uma queda de 6,5% no número de doadores no primeiro semestre de 2020. A pandemia do Coronavírus contribui bastante para essa redução. Ainda de acordo com a ABTO, as regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste foram as mais afetadas.
Realidade na Paraíba
Apesar da queda do número de doadores na região Nordeste, o Estado apresenta crescimento no número de doações, e a Central de Transplante da Paraíba (CET-PB) aponta para o registro de um doador por semana entre os meses de janeiro e fevereiro, de 2020 (cinco em João Pessoa e um em Campina Grande.
Confira a fila de espera divulgada pela CET-PB
- 642 pacientes aguardando transplante;
- 438 aguardando transplante de córnea;
- Seis de fígado;
- 197 de rim e um de coração
E aí, depois dessa matéria, ficou mais sensibilizado com relação à importância da doação de órgãos? Quem sabe você repensa e toma aquela decisão?
Fontes:
Central de Transplante de Órgão da Paraíba
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