Países pobres sofrem com o aumento da anemia falciforme



Por: Célia  Rangel  

Entre as Doenças Falciformes (DFs), destaca-se a anemia falciforme. As sequelas e o crescimento da doença em países pobres dos continentes africano e asiático são preocupantes. Em 2019, um grupo de renomados especialistas de quatros países (Reino Unido, Estados Unidos, Gana e também Brasil) publicou resultado de estudo que chama a atenção para a tendência do aumento da doença nesses países. O estudo também registra os avanços, diagnósticos e tratamentos referentes à anemia falciforme. O trabalho foi publicado na Revista Nature Reviews Disease Primer.
Situação do Brasil
O pesquisador brasileiro, Fernando Ferreira Costa, do Centro de Hematologia e Hemoterapia (Hemocentro) da Unicamp, único brasileiro a integrar o grupo de especialistas responsável pelo estudo, reconhece os avanços conquistados no Brasil no que diz respeito à formação de centros de excelência, porém, de acordo com ele, desperta preocupação o fato de que não estão sendo ampliados os recursos aplicados, destinados ao sistema  público de saúde para o tratamento da doença.
Possibilidade de Cura:
Transplante de medula óssea. Esse procedimento apresenta-se como a única possibilidade de cura da anemia falciforme.
A rede pública de saúde realiza o procedimento?
Sim. Porém, segundo Fernando Ferreira Costa, o transplante só passou a ser coberto pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de 2015.

Doença falciforme
De origem hereditária, caracteriza-se pela presença de uma hemoglobina anormal chamada Hemoglobina S nas Hemácias que são os glóbulos vermelhos do sangue. Essa proteína provoca seu enrijecimento, o que dificulta a passagem de oxigênio para diversos órgãos vitais, incluindo cérebro, pulmões, rins, entre outros.  No Brasil, estima-se o nascimento de duas a três mil crianças portadoras da doença.
Curiosidade:
As pessoas que apresentam a Doença falciforme têm os glóbulos vermelhos em forma de foice. E, em geral, ela se manifesta por volta do sexto mês de vida do bebê.
Sintomas:
·         Icterícia (coloração amarela na pele);
·         Palidez;
·         Infecções frequentes;
·         Desidratação;
·         Cansaço intenso;
·         Dores em pernas, articulações, abdômen e tórax;
·         Priapismo (ereção peniana involuntária e dolorosa).

Fique atento (a) para as manifestações agudas e crônicas:
Crise vaso-oclusiva, dor e infarto pulmonar. E, entre as crônicas, destacam-se dores, além de alterações comprometedoras no funcionamento dos órgãos vitais, observadas muito mais em adultos

Quando e como é feito o diagnóstico da Doença Falciforme (DF)

Ente o 3º e o 5º dia de vida do bebê. O diagnóstico se dá por meio do Teste do Pezinho, que consiste em uma pequena furada no calcanhar do recém-nascido para a retirada de gotículas de sangue. O exame é obrigatório e o Sistema Único de Saúde (SUS) o realiza gratuitamente.

Atenção:

O Teste do Pezinho deve ser realizado dentro do prazo estabelecido pelo Ministério da Saúde (MS). Sendo assim, o tratamento iniciado precocemente, pode evitar sequelas graves, que vão desde deficiência mental até fibrosamento do pulmão.



Nenhum comentário:

Postar um comentário