“A síndrome de Burnout é um dos muitos problemas enfrentados pela enfermagem. A rotina de trabalho à qual estamos submetidos provoca desgaste físico e emocional. Trabalhar cuidando de doentes demanda muito envolvimento, tanto, que negligenciamos a própria saúde. E, para complicar ainda mais, não somos valorizados. Precisamos de um salário digno, pois, o que é pago nos obriga a trabalhar em outros locais, levando ao esgotamento. E, nesse momento de pandemia, a situação está pior. Estamos sobrecarregados. Precisamos ser tratados com um olhar humanizado”, desabafa Cátia Jussara, enfermeira socorrista do SAMU e de unidades referência no atendimento a pacientes com Coronavírus.
A síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional é um distúrbio psíquico que leva o portador a um
alto nível de tensão emocional, cujos principais sintomas são, irritabilidade, agressividade,
isolamento, depressão, entre outros. De
acordo com a literatura médica, os registros de descrição da doença aparecem em
1974, pelo psicanalista alemão H. J. Freudenberger, após reconhecer-se como
portador do transtorno.
Entre os profissionais considerados mais
vulneráveis ao desenvolvimento da síndrome, destacam-se os da área de
enfermagem. Esse conjunto de sintomas por eles desenvolvidos pode vir à tona em
decorrência de intenso desgaste de
energia, que manifesta-se no ambiente de trabalho, levando-os à exaustão.
O Oh, que Saúde! ouviu o neuropsicopedagogo e psicólogo, Augusto Vaz, que explica a causa da síndrome.
“A síndrome de Burnout chega na vidas das pessoas como se fosse um câncer. O profissional que sofre dessa doença tem um esgotado psicológico tamanho que o afeta no emocional e até em seu estado físico”, destaca.
Ainda de acordo com Vaz, a pessoa acometida pela síndrome tem um desconforto tamanho, que gera sentimentos e dores de sofrimento e impotência.
“A Burnout está relacionada a um excesso de esforço físico, mental, emocional e psicológico dela para um ambiente onde não mais se sente à vontade. Ela não suporta mais estar naquele contexto, isso provoca uma dor profunda, além de um desgaste emocional e físico imensurável”, conclui.
Sintomas:
- Baixa autoestima;
- Mudanças bruscas de humor;
- Agressividade;
- Irritabilidade;
- Isolamento;
- Ansiedade;
- Depressão
- Dor de cabeça, enxaqueca;
- Sudorese;
- Hipertensão;
- Insônia e outros.
- Diagnóstico:
Diagnóstico:
Basicamente clínico
Tratamento:
Pode ser feito com uso de medicamentos e terapia
cognitiva.
Assistência rede
SUS:
O Sistema Único de Saúde dispõe dos
Centros de Atenção Psicossocial (Caps) para o tratamento dos pacientes
portadores da Síndrome de Burnout, assim como para os que apresentam outros
transtornos.
Dados:
De acordo com o Conselho Federal de
Enfermagem (COFEN), o corpo de enfermagem da Paraíba é formado por 41.996
profissionais.
Curiosidade:
A Síndrome de Burnout tem origem na expressão inglesa “to
burn out”, que pode ser traduzida como “queimar por completo”.
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