Infância: construção da autoestima



Por: Meyri Gomes e Célia Rangel

Quando se fala em baixa autoestima, é comum pensar em uma condição que envolve apenas pessoas adultas. Porém, esta é uma ideia equivocada. Os comportamentos que evidenciam autoestima baixa têm origem na infância, e está condicionada a estrutura do núcleo familiar, cujos pilares são os pais, que, muitas vezes, são instáveis e não têm consciência do mal que estão causando aos filhos.  

Sobre o assunto, o Oh,Que saúde! conversou com uma especialista da área, a Psicóloga Infantil e Psicopedagoga, Liana Montenegro, que traz esclarecimentos sobre o assunto. “A criança é um ser em construção e o ambiente familiar é o fator de maior influência sobre sua autoestima. É ali que ela vai crescer e construir sua personalidade. Uma criança que não vive uma infância adequada, além de comprometer sua autoestima, vai ser um adulto infeliz e desajustado”, frisa.   

 De acordo com Psicóloga Infantil, pais e responsáveis podem contribuir no processo de construção da autoestima da criança. “Quando os responsáveis pela criança estimulam atitudes positivas, proporcionando assim uma infância feliz, equilibrada e de exemplos, está favorecendo condições satisfatórias de convivências com outras pessoas na vida adulta, bem como aceitação de si mesma, e à percepção de outros mundos e pessoas diferentes. Assim também contribuindo e entendendo as regras e deveres que a sociedade nos impõe, se mostrando capaz de viver na plenitude de seu ser nas suas fases”, esclarece.


COMO OS PAIS PODEM IDENTIFICAR SE A CRIANÇA ESTÁ COM A AUTOESTIMA BAIXA.  

“A criança é um ser perceptível, basta ter um olhar de cuidado e uma escuta afetuosa. No consultório, é facilmente revelado isso para nós, pois, ela transmite a dificuldade de acreditar em si mesma. Às vezes, esse sintoma é revelado através de apatia, tristeza ou até mesmo o inverso, nervosismo, agitação e choro”, ressalta Liana Montenegro.



BAIXA AUTOESTIMA PODE LEVAR À DEPRESSÃO?  
 

De acordo com Liana Montenegro, o quadro de baixa autoestima pode levar sim a criança à depressão. Pois, provoca sensação de infelicidade, tristeza e de diminuição. Com isso, refletem nas emoções, causando ou sendo pontes para um desequilíbrio emocional, medo, ansiedade e a própria depressão.  

FORMAS MAIS ADEQUADAS DE TRATAMENTO E COMO OS PAIS OU RESPONSÁVEIS PODEM AJUDAR A CRIANÇA  

Segundo a especialista, as nossas primeiras relações, com pais, progenitores, cuidadores e até professores, são de extrema importância na construção da imagem pessoal. “É por meio dessas relações que desenvolvemos a autoimagem — a forma como passamos a nos conhecer e compreender o nosso corpo. Por isto, é muito importante ajudar seu filho a desenvolvê-la. E, o melhor de tudo, é que não exige equipamentos ou regras, mas sim amor e compreensão, conclui Liane Montenegro.

Fique atento a algumas dicas para incentivar a autoestima infantil.   
  •     Brinque com seu filho e deixe que ele conduza a brincadeira;  
  •     Demonstre interesse e orgulho pelas suas realizações e conquistas;  
  •     Demonstre afeto e atenção;  
  •     Estabeleça limites;  
  •     Ensine-o lidar com as frustrações 
  •     Evite compará-lo com outras crianças ou até mesmo com os irmãos;  
  •     Elogie seu filho perante pessoas que ele goste;  
  •     Reclame de algum comportamento ou ação da criança e nunca dela   
  •     Peça ajuda a ela, a criança precisa aprender com suas vivências.  

    E aí? O conteúdo abordado acrescentou informações importantes ao seu universo? Deixe seu comentário. É sempre importante para nós.  

      

    Fontes:    
    Pais & Filhos

7 comentários:

  1. A infância, sob qualquer corte cultural, é etapa importante; de fortalecimento de nosso "edifício psíquico"; daí o cuidado (Como bem frisou a Psicopedagoga Liana Montenegro) das pessoas significativas e profissionais da educação com o pleno desenvolvimento do Ser - em momento tão singular. Profícua matéria!

    ResponderExcluir
  2. Olá, realmente cada criança é única, elas não precisam de taxações, rótulos. Parabéns a essa brilhante psicopedagoga Liana Montenegro, o adulto do amanhã sempre dependerá da criança do hoje.

    ResponderExcluir
  3. O contexto relacional no qual a criança está inserida pode ser um processo facilitador ou não do desenvolvimento de sua autoestima saudável. Importantes reflexões da psicopedagoga Liana Montenegro.

    ResponderExcluir
  4. Tenho escutado muito falar sobre "a criança interior ferida". Esse texto me fez entender mais sobre a expressão e o quanto é importante cuidar das crianças hoje, de forma especial em sua autoestima, para que ela se torne um adulto mais saudável. Parabéns à Psicopedagoga Liana por suas colocações!

    ResponderExcluir
  5. Rômullo Lemos15/09/2020, 16:45

    Muito bacana trazer esse tema para o debate. Nossas crianças estão sendo "sacrificadas" pela loucura do mundo moderno, pela ausência física e pela presença virtual. Muito importante os esclarecimentos da Profissional (Liana Montenegro) para auxiliar os Pais e todos que participam da relação diária na busca de melhores práticas para o suporte....parabéns a todos!

    ResponderExcluir
  6. Parabéns Psicóloga e psicopedagoga Liana Montenegro pela brilhante colocação! As crianças realmente necessitam ter referências positivas dos pais e daqueles com as quais convivem para tornar-se adultos com autoestima elevada e centradas.

    ResponderExcluir