Empatia, informação e conscientização no combate a diabetes


 


Por: Célia Rangel  e Meyri Gomes 

“Dois anos do momento mais terrível da minha vida.  Foi no 13 de maio de 2018, Dia das Mães, em que meu filho caçula, na época com três aninhos, deu entrada na UTI de um hospital com cetoacidóse diabética. Eu não sabia o que era e nem porque aquilo estava acontecendo com meu bebê. Foram momentos tão difíceis, tão cruéis para uma família inteira! Porém, hoje consigo enxergar com mais leveza, pois meu filho está do meu lado, estamos conseguindo superar dia após dia o tratamento”, este é o relato de Joceane Gomes, mães de João Victor, 6 anos, sobre quando descobriu a diabetes, tipo 1 da criança.

Você sabia que 400 milhões de pessoas no mundo são portadoras de diabetes? E que 77% delas estão em países de baixa e média renda? Situação preocupante, não é mesmo? Esses dados da Federação Internacional de Diabetes (IDF, International Diabetes Federation) chamam a atenção. E a estimativa da IDF é que, até 2035, 660 milhões apresentem a doença.  Com relação ao Brasil, 16,8 milhões são portadores da doença,  colocando-o na quarta posição global, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS).

De forma simplificada, a diabetes é uma doença crônica, e essa condição ocorre quando o pâncreas, por alguma deficiência, é incapaz de produzir insulina, hormônio responsável pelo controle do nível de açúcar (glicose) no sangue.  O pâncreas é uma glândula (aproximadamente 20 centímetros e 100 gramas), posicionada entre o duodeno e o baço.

 

Tipos de diabetes

Tipo 1: De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), o pâncreas do portador da doença não consegue produzir insulina suficiente, passando a ser dependente de injeções diárias do hormônio, para assim manter o nível de glicose dentro dos padrões normais. A maior incidência está entre crianças, adolescentes ou adultos jovens, por essa razão, é conhecida como diabetes insulinadependente e também infanto-juvenil.

Tipo 2 (diabetes do adulto): Ainda conforme a SBD, a doença não causa dependência de insulina. Há prevalência de ocorrer em pessoas com perfil de obesidade e com mais de 40 anos. Porém, o que acontece hoje é que jovens que não cultivam bons hábitos alimentares, sedentários e expostos ao estresse urbano se tornam muito vulneráveis.

 

Sinais importantes relacionados pela SBD

- Fome e sede constantes;

- Vontade excessiva de urinar;

- Perda de peso;

- Fraqueza;

- Fadiga;

- Visão embaçada.

 

Diabetes e alimentação

 

De acordo com a nutricionista clínica e funcional, Ana Waléria Costa, o diabético pode ter uma vida normal, com condutas alimentares saldáveis, práticas de exercício e, se for portador do tipo 1, usando insulina com rigorosa orientação médica.

 “Sim, é possível uma pessoa diagnosticada com diabetes ter boa qualidade de vida e ser ativo. Fatores como alimentação saudável e equilibrada e prática regular de exercícios físicos são essenciais para o controle”, explica.

Ainda de acordo com a nutricionista, há muitos mitos sobre a diabetes, no entanto, o conhecimento adequado ajuda no desempenho do tratamento.

 “Entre os mitos, está a cura. Até o momento, ela  não existe, porém, há controles que ajudam a melhorar a qualidade de vida. Outro mito bastante comum, é que não se pode consumir pães e massas. Pode-se consumi-los sim, com a adoção de uma alimentação equilibrada, rica em fibras (frutas, verduras, oleaginosas etc), entretanto, caso prefira, consumir alimentos integrai”, pontua.

 

Importância da psicoterapia para as pessoas com diabetes

 

Segundo a psicóloga infantil e psicopedagoga, Liana Montenegro, o acompanhamento psicológico é imprescindível, principalmente para as criança.

 “A descoberta da doença é um momento delicado, é algo novo e ameaçador do bem-estar familiar, e por causa disto, a criança e os pais precisam de toda a atenção, cuidados e amor. Recomendamos que explicar a criança de forma simples, educativa e lúdica o que é a diabetes é o ponto de partida para a  aceitação ao tratamento. Outra recomendação, é falar sobre responsabilidade e cuidados como limitações, por isso, deve-se explicar as regras e a importância de segui-las para uma vida saudável. E toda essa conversa tem que estar envolvida pelo amor, respeito e compreensão, ajudando na construção da autoestima da criança” destaca.

 

Histórico do Dia Mundial de Combate a  Diabetes

A instituição da data (14 de novembro) aconteceu em 1991 pela Federação Internacional de Diabetes e Organização Mundial da Saúde, e faz alusão ao aniversário do médico de origem canadense, Frederick Banting, responsável pela descoberta da insulina.

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Fontes

-Federação Internacional de Diabetes (IDF, International Diabetes Federation)

- Organização Mundial da Saúde

 

 

 

 


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