Por: Célia Rangel
Você já foi daquelas pessoas que, ao sentir dor na garganta, corria para
a farmácia para comprar antibióticos? Um montão de gente fazia isso. Essa velha
e perigosa prática entre os brasileiros contribui para que bactérias desenvolverem resistência a esses medicamentos, tanto, que esse
comportamento precisou ser freado através de medidas restritivas - Resolução RDC 44, de 26 de outubro de 2010, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A preocupação das autoridades é mais do que justificada, visto que a
elevação dos números referentes a essa situação está alcançando níveis
alarmantes em todo o mundo. E as projeções são desanimadoras, conforme a
Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com estimativa do órgão, até
2050, 10 milhões de pessoas morrerão anualmente no mundo em decorrência da
resistência aos antimicrobianos.
E, embora no Brasil a compra dessa medicação em farmácias e drogarias
esteja condicionada à retenção da receita médica, a situação aqui também é
preocupante. Relatório comparativo da OMS destaca-o com média acima dos países
do Velho Mundo (22,75 doses por dia). Imagine naqueles onde não é exigida da
prescrição.
Resistência
É a
capacidade das bactérias de resistirem aos medicamentos antimicrobianos, usados
para combater infecções. Esse fenômeno é decorrente de mutações desses
microorganismos. Quando isto ocorre, a resposta ao tratamento se torna
ineficaz. Porém, outro fator também é responsável por essa condição: uso
repetido e indiscriminado de antibióticos.
Doenças tratadas com antimicrobianos:
São muitas, entre elas estão as
sexualmente transmissíveis (ISTS) - como sífilis e gonorreia - tuberculose,
pneumonia, tétano, leptospirose, botulismo, hanseníase e outras.
Prevenção e Controle
Além do
uso de antibióticos, existem outras formas de combate às infecções provocadas
por bactérias, como por exemplo, a vacinação, cuidados com o preparo dos
alimentos e lavagem das mãos (atenção especial para os profissionais da área de
saúde).
Histórico:
De forma bem resumida, a descoberta do primeiro antibiótico (Penicillium notatum) aconteceu em 1928 pelo cientista
escocês (1881-1955), que o identificou como penicilina, após
a Primeira Guerra Mundial. Fleming participou do conflito servindo como oficial
médico inglês, onde presenciou o sofrimento dos soldados, causado por processos
infecciosos (bacterianos).
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Fontes
- Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS)
- Organização Mundial da Saúde
- Anvisa
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