Por: Célia Rangel
Você parou para pensar sobre como as experiências vivenciadas nos últimos meses e as que ainda enfrentamos estão impactando sua saúde mental? Essas reflexões são importantes, especialmente com a chegada do novo ano. O medo de ser contaminado pelo Coronavírus, de morrer, o impacto psicoemocional gerado também pelo acompanhamento de tantas perdas, o sofrimento de familiares e amigos no luto por causa da pandemia e o isolamento social por ela imposto engatilharam o surgimento de transtornos como estresse, ansiedade e, principalmente, depressão. Diante desse contexto, é muito bem-vinda a campanha Janeiro Branco, criada por um grupo de psicólogos de Uberlândia, Minas Gerais, realizada desde 2013.
A escolha deste mês para a realização da campanha foi simbolicamente muito bem pensada, já que janeiro remete a “mergulhos dentro de si”, à renovação, esperança, planejamento. E, nas circunstâncias atuais, assume relevância ainda maior, pois traz um chamamento importantíssimo com relação à conscientização acerca dessas doenças, bem como à conscientização no que se refere ao reconhecimento da necessidade de busca de ajuda profissional.
“A campanha Janeiro Branco é um momento importante para repensar a saúde emocional e mental, colocando-a em evidência e quebrando alguns tabus. É um convite para refletir a respeito de como está sua relação consigo, com os outros, e também sobre seus pensamentos, comportamentos e sentimentos. E, como sempre gosto de dizer, muitas vezes não é o sintoma que deve ser o foco da atenção, mas sim sua intensidade. Por exemplo, até que ponto determinada tristeza está atrapalhando sua vida, seu dia a dia, seu trabalho, sua relação com os outros”, frisou Angélica Lima, psicóloga.
Angélica também destacou que o Janeiro Branco é uma excelente oportunidade para que cada um volte um olhar mais cuidadoso para si.
“É necessário observar-se, refletir sobre o que está acontecendo dentro de cada um e, quando necessário, procurar ajuda de profissionais qualificados”, pontuou.
Dados que chamam a atenção
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão atinge números preocupantes, afetando mais de 350 milhões de pessoas no mundo. Com relação à ansiedade, os estudos também chamam a tenção: a OMS aponta para 18,6 milhões de brasileiros com esse tipo de transtorno. Outro dado relevante diz respeito às incapacidades decorrentes de transtornos mentais nas Américas, assinalando um terço do número total.
Sintomas mais comuns da depressão:
- Medo;
- Desesperança;
- Pessimismo
- Irritabilidade;
- Alteração no sono;
- Sensação constante de cansaço.
Onde procurar ajuda
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece à população serviço de referência no que concerne ao tratamento de transtornos mentais, como ansiedade e depressão: são os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Estas unidades dispõem de equipe multiprofissional, formada por médicos, assistentes sociais, psicólogos, psiquiatras e outros. O acesso se dá por meio de uma Unidade de Saúde da Família (USF) ou diretamente nos locais.
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Fontes
- Organização Mundial da Saúde
- Ministério da saúde
Importante alerta e reflexão
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